Carnificina da NATO em Trípoli

Sábado, 20 de Agosto, às 20 horas, ou seja, aquando do Iftar, o rompimento do jejum do Ramadan, a Aliança Atlântica lançou a “Operação Sirene”.

As Sirenes são os alto-falantes das mesquitas que foram utilizados para lançar um apelo da Al Qaeda à revolta. Imediatamente células adormecidas de rebeldes entraram em acção. Tratava-se de pequenos grupos muito móveis, que multiplicaram os ataques. Os combates da noite fizeram 350 mortos e 3000 feridos.

A situação estabilizou-se na jornada de domingo.

Um barco da NATO atracou ao lado de Trípoli, entregando armas pesadas e desembarcando jihadistas da Al Qaeda, enquadrados por oficiais da Aliança.

Os combates reiniciaram-se à noite. Eles atingiram uma rara violência. Os drones e os aviões da NATO bombardeiam todos os azimutes. Os helicópteros metralham as pessoas nas ruas para abrir o caminho aos jihadistas.

À noite, um comboio de viaturas oficiais transportando personalidades de primeiro plano foi atacado. Ele refugiou-se no Hotel Rixos ou se hospeda a imprensa estrangeira. A NATO não ousou bombardeá-lo para não matar seus jornalistas. O hotel, no qual me encontro, está acossado sob tiro contínuo.

Às 23h30 o Ministério da Saúde não podia senão constatar que os hospitais estão saturados. Contavam-se neste princípio de noite 1300 mortos suplementares e 5000 feridos.

A NATO havia recebido do Conselho de Segurança a missão de proteger os civis. Na realidade, a França e o Reino Unido vêm reatar os massacres coloniais.

01h00 Khamis Kadafi vem pessoalmente trazer armas para defender o hotel. Ele partiu. Os combates em torno são muito duros.
22/Agosto/2011/00h35/Tripoli
O original encontra-se em http://www.voltairenet.org/Carnage-de-l-OTAN-a-Tripoli

Esta notícia encontra-se em http://resistir.info/ .


Articles by: Thierry Meyssan

About the author:

Intellectuel français, président-fondateur du Réseau Voltaire et de la conférence Axis for Peace. Dernier ouvrage en français : L’Effroyable imposture : Tome 2, Manipulations et désinformations (éd. JP Bertand, 2007).

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