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A Conquista da Africa: NATO em Gerra num Terceiro Continente
By Rick Rozoff
Global Research, February 23, 2013
31 March 2011
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Global Research, 31 de março de 2011

Stop Nato – 30 de março de 2011

A Organização do Tratado Atlantico Norte [OTAN na sigla portuguesa, NATO na inglesa] em seu “summit,”  sua grande reunião oficial em Lisboa-Portugal no ultimo novembro, adotou  o seu primeiro conceito estratégico para o século 21 o qual  é o de manter a expansão da NATO,  não só como uma força Pan-Européia, mas também como força militar internacional.

Além de subordinar toda a Europa à um sistema interceptor de mísseis dominado pelo EUA, completar o novo Comando Cybernético [rêde de computadores/ realidade virtual/ sistemas mecanicos e eletronicos da engenharia de comunicações] empenhar-se  em guerras cybernéticas na ofensiva e na defensiva, e apagar toda e qualquer distinção entre a NATO e as funções militares da União Européia no continente e globalmente, o único bloco militar do mundo endorsou a guerra de quase dez anos no Afeganistão como sua missão principal, reafirmando também o seu envolvimento nas missões em curso nos países da região dos Balkans [Bulgaria, Romenia Iugoslávia, Albania e Macedonia].

Quase todos dos aproximadamente 150.000 soldados estrangeiros no Afeganistão estão atualmente abaixo da NATO-chefiada  Força de Assistencia à Seguridade International (International Security Assistance Force – ISAF ns sigla inglesa)  que também está conduzindo ataques e incursões mortais com helicópteros, gunships- “navios canhoneiros aéreos”  e artilheria pesada dentro do vizinho Paquistão.

A guerra no sul da Ásia é o primeiro conflito armado da NATO fora da Europa e a sua primeira guerra no solo de um país (ground-war). A sua campanha de bombardeamento aéreo em Bósnia em 1995 e os 78-dias de bombardeio aéreo contra a Iugoslávia em1999,  foram suas primeiras ações militares de agressão.

A NATO está agora em mais uma guerra, essa agora em um terceiro continente. A África.

A reunião oficial da aliança no ano passado ressaltou a consolidação de associações  com nações que não da Europa e da América do Norte, assim como relações militares e acordos com (contando membros da NATO e associados juntos) mais de 1/3 dos 192 membros das Nações Unidas.

Mecanismos usados para aumentar as operações e a influencia da NATO no mundo inclui a “Associação para a Paz”, o “Diálogo Mediterraneo”, a “Initiativa de Cooperação de Istambul”, o formato de “Países em Contacto”, a “Tri- Comissão- NATO- Afeganistão- Paquistão” e o “Conselho NATO- Russia.”

Cinco dos sete membros do “Diálogo Mediterraneo”- Algéria, Egito, Mauretania, Marroco e Tunísia são Estados Africanos.

Com o Comando Africano [AFRICOM]  os Estados Unidos concluiram capacidade operacional completa no continente em 1 de outubro de 2008. O continente inteiro foi posto abaixo do comando militar além-mar  norte-americano que planeja replicar esse mesmo tipo de arranjamento para a NATO. (Egito continuando na área de responsabilidade norte-americana denominada Comando Central -CENTCOM). [1]

O Comando Africano norte-americano (AFRICOM) assumiu o controle do que agora já vai para 12 dias de guerra  contra a Libia através das operações da sua Força de Ações Conjuntas “Odyssey Dawn” (O Amanhecer de Odisseu).  A Libia é a única nação no Norte da Africa não subordinada ao AFRICOM ou  ao CENTCOM e também sem bandas de obrigações quanto à NATO.

Com a NATO assumindo comando direto da guerra – ataques aéreos e ataques de mísseis, bloqueio naval e assaltos no solo do país em conjunto com as forças insurgentes anti governamentais e mais tarde independentemente delas – AFRICOM e NATO estão sendo absorvidos e fundidos numa só força militar.

Além dessa integração sem precedentes, dois membros da “Iniciativa de Cooperação

de Istambul” ligados à NATO, Qatar e os Emirados Arabes Unidos, estão provendo aviões de guerra para a operação “Odyssey Dawn” e no processo se envolvendo numa ação conjunta com a NATO e AFRICOM e isso pela primeira vez. (Os Emirados Arabes Unidos estão, assim como outras 48 nações,  contribuindo tropas para a guerra da NATO no Afeganistão e também para Bahrain, outro membro da “Iniciativa de Cooperação de Istambul”. Egito, membro do “Diálogo Mediterraneo” é também uma força inoficial contribuindo para a NATO no Afeganistão.)

Quando em 28 de março o Presidente Barack Obama mencionava repetidamente a “comunidade internacional”, os “parceiros internacionais” e a “grande coalisão” conduzindo a guerra contra a Libia juntamente com o Pentágono, conseguiu ele só mencionar onze aliados envolvidos:-[N]ações como as do Reino Unido, França, Canada, Dinamarca, Noruega, Italia, Espanha, Grécia e Turquia… todoas tendo lutado ao nosso lado por decenios [e]  parceiros Arabes como Qatar e os Emirados Arabes Unidos.

No entanto, Washington uniu aliados norte-americanos e europeus da NATO com aliados do Golfo Pérsico para uma guerra na Africa, o ultimo passo para a solidificação de uma aliança militar internacional abaixo do controle dos EUA. Isso completando a construção de uma Asia-Pacífico NATO, reenforçando parcerias militares no Golfo Pérsico e no Oriente Médio assim como integrando ex-Republicas Soviéticas  no Leste da Europa, no Caucaso do Sul e na Asia Central na rede de trabalho [network] Pentágono-NATO.

Operações militares abaixo da “Força de Operação Conjunta Odyssey Dawn,”  da AFRICOM, que dentro de poucas horas deverá ser transmitidas à NATO, já incluiram mais de 1.800 saídas aéreas e 214 ataques de mísseis Tomahawks desde que a guerra começou em 19 de março.

A declaração da reunião de ponta da NATO em Lisboa no ultimo novembro ressaltou um papel maior desempenhado, e para ser desempenhado,  pelo bloco da Africa, incluindo apoio à missão da União Africana na Somália (AMISOM), para a qual eles transportaram por via aérea milhares de tropas da Uganda para combater na capital do país, a operação “Proteção Oceanica” (Ocean Shield), a operação naval do “Horn of Africa” (Ponta da Africa) e a operacionalização das “Forças de Reserva Africanas” (African Standby Force), modeladas através dos moldes da “NATO Response Force” (Forças de Resposta da NATO.)

Os Estados Unidos usaram a NATO  para a guerra contra a Iugoslávia- o primeiro ataque sem provocações anteriores por parte do atacado e o primeiro contra uma nação soberana da Europa desde a Segunda Guerra Mundial – longa guerra por ar  e terra na Asia, e agora temos o preludio de guerra na Africa. Nenhuma dessas guerras foram lançadas para defender um membro da NATO ou da chamada Euro-Atlantica área, à qual o bloco militar dá a si mesmo o “Direito de Proteger.”

A NATO do século 21 é uma força global de ataque militar para ser usada em qualquer lugar os seus principais estados membros, os EUA na chefia, escolhem por usá-la, o que nações da Africa, Oriente Médio, Asia,  Caucaso  e mesmo as que ainda restam da Europa não subjugada, fazem melhor em anotar cuidadosamente..

Rick Rozoff

30 de março de 2011

The Conquest of Africa: NATO Wages War On Third ContinentThe Conquest of Africa: NATO Wages War On Third ContinentMarch 31, 2011

Note

1)    Africa: Global NATO Seeks to Recruit 50 New Military Partners. Stop NATO, February 20, 2011 http://rickrozoff.wordpress.com/2011/ 02/20africa- global- nato- seeks- to- recruit 50- new –military- partners

 

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