FIDEL CASTRO: 1926-2016. Até a Vitória… Sempre, Comandante Eterno!

A historia da África não poderia ser escrita hoje sem mencionar o nome de Fidel Castro, e a contribuição do povo
de Cuba à libertação do continente. ‘Fidel, Cuba, têm feito muito por nós (Clever Banganayi, ativista sul-africano)

Os que morrem pela vida não podem ser chamados de mortos, e a partir deste momento é proibido chorar por eles. Nada poderia servir como reflexão mais adequada diante da partida física de Fidel Alejandro Castro neste 25 de novembro de 2016, que estre trecho da música do cantor e compositor venezuelano, Ali Primera, um dos preferidos do grande líder cubano.

“O povo cubano ocupa importante lugar no coração dos povos da África. Que os cubanos mantenham [seguindo os exemplos de Fidel] recordando-se da África”, tuitou a Fundação Nelson Mandela sobre a passagem do Comandante da Revolução Cubana ao outro lado da vida nesta sexta (25), na capital cubana de La Habana. Mandela e Fidel eram íntimos amigos e companheiros de luta por um mundo livre de discriminação, de solidariedade e socialmente justo.

“Por que umas pessoas devem andar descalças, para que outras viagem em luxuosos automóveis? Por que uns devem viver 35 anos, para que outros vivam 70? Por que uns devem ser miseravelmente pobres, para que outros sejam exageradamente ricos? Falo em nome das crianças que, no mundo, não têm um pedaço de pão. Falo em nome dos doentes que não têm remédios, falo em nome daqueles que têm tido negado o direito à vida e à dignidade humana. Chega de palavras! São necessárias ações! Chega de falar de uma nova ordem econômica internacional especulativa que ninguém entende! Deve-se falar de uma ordem real e objetiva que todos compreendam” (Discurso de Fidel Castro na ONU em 1979).

Fidel, quem falava e vivia como a gente, levou às últimas consequências seus ideais de vida. Ousando enfrentar o Império emergente dos Estados Unidos no pós-Segunda Guerra Mundial, Fidel Castro liderou um grupo de idealistas que derrubou o ditador entreguista pró-Washington em 1959, declarando à América Latina e ao mundo que ninguém precisava viver subjugado.

Mas nada disso lhe custou pouco: sobreviveu, desde então até a contemporaneidade, a quase 700 tentativas comprovadas de assassinato arquitetadas pela CIA.

Se não fosse Fidel, Cuba não teria uma sociedade hoje fundamentada nos valores da cooperação e do bem-comum, mas sim nos mesquinhos valores de mercado para saúde, educação, recursos naturais e relações sociais segundo a ditadura do capital.

Se não fosse Fidel, Cuba não possuiria atendimento médico universal em um sistema de saúde que serve de referência mundial, nem educação das mais avançadas do mundo, país onde não há nenhuma criança subnutrido porém seria, sim, mais uma espécie de Haiti, República Dominicana, Porto Rico a rezar a opressora cartilha imperialista e de seus precários porta-vozes da grande mídia oligárquica, manipuladora das massas.

Se não fosse Fidel, provavelmente deveríamos acreditar que é impossível o desenvolvimento soberano das nações latino-americanas, mas que os Estados Unidos são a nação eleita por Deus, predestinada para salvar o planeta com seu American Way of Life que se apoia no consumismo desenfreadamente artificial, na discriminação, na propaganda midiática (incluindo Hollywood) e no uso da força militar.

Se não fosse Fidel, a América Latina hoje, certamente, seria lembrada pela África nada mais como o quintal dos Estados Unidos. Mas graças a Fidel Castro, o continente africano, mais oprimido da história, e o mundo podem saber que na região mais rica em biodiversidade do planeta há também espaço para a solidariedade entre um povo que se respeita e que luta por justiça social, sob as orientações e exemplos práticos do Comandante Eterno, Fidel Castro.

1926-2016. Até a vitória… sempre! Viveremos e venceremos, Comandante Fidel! Por “uma América Latina unida e justa”, como costumava dizer.

Ninguém será capaz de tirá-lo da história, nem muito menos de apagar seu tão nobre quanto díspar legado.

“Para amanhecer não são necessárias galinhas, senão cantar de galo. Eles não serão bandeira para abraçarmo-nos com ela, e o que não a possa levantar, que abandone a luta. Não é hora de recuar, nem de viver de lendas. Já vem sua cesta de luta cavalgando um vento austral. Cante, cante, companheiro! Que sua voz seja um disparo, pois com as mãos do povo não haverá canto desarmado. Cante, cante, companheiro! Que não se cale sua canção: os que morrem pela vida não podem ser chamados de mortos, e a partir deste momento é proibido chorar por eles”, Ali Primera.

Edu Montesanti


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