Colômbia: A planificação do Terror Estatal e a estratégia de confundir

As contradições entre acumulação de capital e sobrevivência da humanidade e do planeta alcançam níveis ostensivamente críticos, o complexo militar-industrial implementa cada vez mais guerras para continuar seu crescimento perverso. Neste contexto aparece como um imperativo ético e político a análise medular das guerras: já não podemos contentar-nos com as explicações falsas e pseudo antropológicas de “guerras tribais” ou de “não há cultura de paz nesses povos”: pronunciamentos cuja natureza destila colonialismo e constitui a argúcia para evitar ir ao centro do problema. Evidentemente, há abundância de pseudo estudos e instituições que difundem, alguns mais sutilmente que outros, essas premissas cosméticas. Aqueles que têm um altíssimo

interesse em impedir a compreensão da realidade e, por conseguinte, a possibilidade concreta de transformação da mesma financiam estes tanques de pensamento.

1. ‘Cultura de Aceitação do Saqueio’ disfarçada de ‘Cultura de Paz’

Seria digna de chuvas de risos numa representação de teatro grotesco a existência de“Estudos de Preservação do Meio Ambiente”financiados pela indústria farmacêutica ou petroleira, ou melhor, a existência de “Cátedras de Cultura de Paz” cuja linha se dedica a esquivar a análise da raiz da guerra. Cátedras ministradas na Europa ou nos EUA, em países nos quais radicam as principais empresas fabricantes de armas, e as depredadoras energéticas: umas cátedras que se centram em “ensinar” a bolsistas provenientes de países como Congo, Afeganistão, Colômbia, etc., a maneira de serem mais “pacíficos”, de “resolver os conflitos civilizadamente” e de “desenvolver uma cultura de paz”, ofuscando olimpicamente que a guerra e a paz têm raízes econômicas e se desenvolvem em contextos de desigualdade social e não são meros assuntos de Cultura. Assim, os países que dedicam milionários orçamentos em guerras imperialistas e cuja supremacia mundial radica numa história de práticas colonialistas e genocidas, muito distantes da Cultura de Paz que apregoam de fachada, ministram cátedras de assimilação mental à cultura da aceitação do saqueio mais desmedido, enquanto‘bombardeiam humanitariamente’em seu relance colonial. Assim, os bolsistas de países que sofrem a voracidade capitalista das guerras pelo saqueio dos recursos são adestrados na retórica que serve para perder de vista o núcleo do problema; é a raposa ensinando as galinhas com que tempero devem ser comidas.

Os apelativos “guerras tribais” e demais expressões consagradas no campo semântico destinado a prolongar o status quo encobrem guerras pela acumulação de recursos, guerras fomentadas com fins geopolíticos e econômicos claramente definidos pelos verdadeiros‘Senhores da guerra’ que são os fabricantes de armas, os mercadores da energia, da alimentação industrial, e das multinacionais de químicos, todos motores da maquinaria depredadora do planeta.

Os países concebidos na lógica global capitalista como ‘armazéns de recursos’ a cada dia sofrerão de maneira mais cruenta a violência do saqueio e seu correlativo empobrecimento, que por sua vez causa êxodos massivos. Há uma carreira do grande capital por tornar-se a cada dia com mais recursos planetários.

O estudo do caso colombiano lança luzes indeclináveis sobre a realidade mundial: é uma mostra em quinta essência do capitalismo. Por esta razão, há um constante esforço midiático em tergiversar a legalidade colombiana, em invisibilizá-la e impedir a compreensão de uma realidade que é uma radiografia das metástases mais atrozes do sistema capitalista. A resistência do povo colombiano é, ademais, tergiversada e invisibilizada nesse esforço constante dos monopólios de difusão de implementar a guerra midiática contra a compreensão da realidade, fazendo-o ver as resistências populares como “terrorismo”. O estudo às fontes dos sujeitos históricos e sociais torna-se uma verdadeira façanha em meio ao amedrontamento contra a investigação social e o pensamento crítico: não obstante sua periculosidade, esse estudo é indispensável.

2. Acumulação capitalistae Terrorismo de Estado em Colômbia

Na realidade colombiana se plasma o despojo e re-acomodação territorial destinado

em escala planetária a todas as zonas que apresentem um interesse econômico; uma lógica capitalista que não admite escrúpulos e constitui um ecocídio agregado a um genocídio. Em Colômbia são incitadas as estratégias do Terror correlativas ao saqueio capitalista. Estas são também exportadas como método de controle social, sabotagem, extermínio da reivindicação e contra insurgência a países da região (México, Honduras, Venezuela, etc.).

As cifras do Terrorismo de Estado em Colômbia são eloqüentes: segundo um recente informe, um total de 19 defensores de direitos humanos foram assassinados em Colômbia durante o primeiro trimestre de 2015, e outros 276 foram agredidos [1].

Outro informe documenta que a Colômbia é o segundo país líder no assassinato de ambientalistas no mundo, com 25 assassinados em 2014.[2] 80% das violações aos direitos humanos e 87% dos deslocamentos populacionais ocorreram em regiões onde as multinacionais operam a exploração mineira. 78% dos atentados contra sindicalistas foram contra aqueles que trabalham na área mineiro-energética [3].

A planificação da acumulação de terras mediante o despojo violento se expressa na existência de 6,3 milhões de pessoas despojadas e deslocadas de suas terras para benefício do grande capital, milhões de pessoas vivendo mal em cinturões de miséria[4]. O despojo se acelera: 40% do território colombiano está solicitado em concessão por multinacionais[5].

O Terrorismo de Estado se expressa também em: 9.500 presos políticos[6]; a eliminação física de um partido político: a União Patriótica (5.000 pessoas assassinadas pelas ferramentas paramilitares e oficiais do Estado)[7]. O extermínio contra a oposição política é tal que:“Em Colômbia se cometem 60% dos assassinatos de sindicalistas que se apresentam em todo o mundo, por uma violência histórica, estrutural, sistemática e seletiva que se converteu em pauta de comportamento do Estado colombiano”, segundo denuncia a CUT [8]. O Tribunal Sindical Mundial condenou ao Estado colombiano: “por ser responsável pelos feitos sistemáticos de violação do princípio de liberdade sindical, na qualidade de autor direto, coautor, cúmplice ou acobertador de homicídios, lesões, torturas, privações ilegítimas da liberdade, atentados […]”[9].

O genocídio se plasma nos níveis de desaparecimento forçado: a ONU estima que mais de 57.200 pessoas foram desaparecidas em Colômbia [10]. Um informe da Promotoria documenta: 173.183 assassinatos e 34.467 desaparecimentos forçados, cometidos pela ferramenta paramilitar, num período de apenas 5 anos [11]. Uma estimativa de Piedad Córdoba, baseada no cotejo de informes e no conhecimento da sistemática subavaliação dos registros oficiais, cifrou nuns 250.000 os desaparecidos em 20 anos.[12] A Coordenação Colômbia- Europa-EUA expressou que há um:“contínuo aumento dos casos

[…] Os desaparecimentos forçados têm sido usados historicamente como um instrumento de perseguição política e de controle social baseado no terror, perpetrado por agentes do Estado e por grupos paramilitares que atuam com sua tolerância, omissão e aquiescência e que se beneficiam da impunidade […] Os desaparecimentos forçados formam parte de uma prática sistemática de ataques contra a população civil, que têm sido funcionais à sustentação das elites sociais, políticas e econômicas do país”[13]. Há mecanismos para a impunidade: “O sub registro de casos de desaparecimento forçado, a impunidade que se consolida com diversos mecanismos legais e sociais e a presença dos perpetradores nas comunidades […] Muitos casos não são denunciados pela má administração de justiça, pela ineficácia dos mecanismos de denúncia, pelo ambiente generalizado de temor e intimidação em que vivem os familiares das vítimas, seus advogados, as testemunhas […] [IBID.] Se somam as leis que excluem a grande parte das vítimas de desaparecimento forçado dos registros, as leis que ampliam o acionar repressivo da polícia, e as leis que tentam cobrir de impunidade aos responsáveis: “o Governo do presidente Santos está promovendo um novo marco normativo com preocupantes limitações aos direitos das vítimas de desaparecimentos forçados.”[14]

A maior fossa comum da América Latina foi encontrada atrás do batalhão militar na Macarena, com 2000 cadáveres de desaparecidos pelaForça OmegadoPlano Colômbia, força que tem estreita ‘assessoria’ estadunidense.[15]

3. Planificação dos Crimes de Estado no marco da lógica de “dissuadir a reivindicação mediante o terror”

Há uma lógica no Terrorismo de Estado: e é que a maior tortura e degradação das vítimas, maior alcance da “mensagem dissuasiva” nas comunidades. A estratégia da dissuasão mediante o terror está teorizada nos manuais do exército: se concebe a população como “o inimigo interno”, e se preconiza claramente o emprego de uma ferramenta paramilitar para realizar os massacres e as torturas. O paramilitarismo foi preconizado para a Colômbia desde a missão estadunidense Yarborough, [16] e reiteradamente reforçado até nossos dias. A ferramenta paramilitar é adestrada para torturar e treinada por [de]formadores dos EUA e Israel, como o mercenário Yair Klein.[17] Se trata de perpetrar Crimes de Estado como o crime contra a menina Alida Teresa Arzuaga, de 9 anos, violada e assassinada para torturar a seu pai [preso político], e paralelamente injetar medo na oposição política;[18] ou como o massacre da família do militante comunista e da UP Julián Vélez, cujo filho foi torturado e castrado[19].

Se trata, no marco desta planificação do Terror Estatal, de perpetrar massacres como o massacre de Mapiripán. Os paramilitares foram transladados em aviões do exército do norte ao sul da Colômbia, e levados pelo exército ao lugar do massacre.[20] Estiveram amputando e violando durante 10 dias, enquanto o exército impedia que entrasse ou saísse ninguém: devido ao cerco do exército, ninguém pôde dar auxílio à população. Umas 60 pessoas foram assassinadas: submetidas a toda classe de torturas. Até hoje há dificuldade para identificar as vítimas, dada a barbárie com que a ferramenta paramilitar procedeu a esquartejá- las e lançá-las ao rio. Segundo confessou o General Uzcátegui numa gravação: “sabe o que fez a Brigada Militar Móvel 2? Colocou um colchão de segurança para que os paramilitares saíssem. O exército não só tem vínculos com os paramilitares, não só não os combateu, como também combateu as FARC para que as FARC não golpeassem os paramilitares”[IBID.]. Enquanto os paramilitares torturavam, o exército garantia as atrocidades combatendo as FARC que tentaram romper o cerco militar para auxiliar a população. O exército garantiu que o massacre compreendesse as torturas mais aberrantes: não era “uma bala perdida”, era uma operação de Terrorismo de Estado dentro da estratégia de terra arrasada nos Planos Orientais, na qual esteve envolvida a assessoria estadunidense. O bispo do Guaviare depôs:“Passaram caminhões com ao cerca de 120 homens à paisana sem armas; depois de passar pelo batalhão, saíram com uniformes e armados […]; outro grupo de paramilitares também se deslocou, porém pelo rio Guaviare, passando pelo ponto de controle militar sobre o rio”[IBID].

Outro crime de Estado que evidencia de maneira flagrante esta planificação do terror é aquele cometido por militares e paramilitares contra a comunidade do Cacarica, quando “jogaram futebol com a cabeça” do líder campesino afrodescendente Marino López. A Operação Militar ‘Gênesis’ consistiu em aterrorizar a comunidade para forçá-la a um massivo deslocamento populacional:“Os paramilitares e também militares cercaram todo o casario. Nos juntaram a todos […] Dois dos doze militares agarraram Marino […] Insultam-no, golpeiam-no. Um dos criminosos pega um facão e o corta no corpo, Marino tenta fugir e se joga ao rio, porém os paramilitares o ameaçam, ‘se foge, vai ser pior’. Marino regressa, estende seu braço esquerdo para sair da água. Um dos paramilitares lhe corta a cabeça com o machete. Depois lhe cortam os braços em dois, as duas pernas… E começam a jogar futebol com sua cabeça. Todas e todos vimos. Tudo foi terror.”[21] Os habitantes denunciaram o acionar da Brigada XVII. Vários paramilitares do bloco Elmer Cárdenas, sob o mando de Freddy Rendón, vulgo “El Alemán”, acusam ao General Rito Alejo del Río como um dos máximos responsáveis: “Se tratou de uma operação conjunta”, relataram ante o Fiscal de Justiça e Paz [22].

A lista de crimes de Lesa-Humanidade perpetrados de maneira sistemática pelo Estado colombiano contra a população, no marco de uma planificada estratégia do terror e desapossamento, seria interminável. O Estado colombiano e seu mentor estadunidense pretendem continuar viabilizando o saqueio dos recursos aterrorizando a população cuja reivindicação entra em conflito com a depredação capitalista. Se pretende eliminar toda oposição, seja esta armada ou não.

O depoimento de Marinelly Hernández, presa política, é ilustrativo das aberrantes torturas que o Estado colombiano comete contra os familiares dos opositores políticos, principalmente se estes são insurgentes, uma realidade silenciada: “A nosso pai, o Exército colombiano, em união com os paramilitares, o pendurou vivo por suas mãos introduzindo ganchos em suas extremidades como se fosse carne de açougue, depois lhe feriram o estômago e todo seu corpo com uma navalha, depois destruíram seus lábios como se lhes talha aos pescados, por último lhe deram um tiro de misericórdia; segundo a medicina legal, a nosso pai o torturaram vivo. Tinha 70 anos. Como é possível que façam isso com um ancião, rotulando-o de guerrilheiro? Por acaso, por eu ser revolucionária, tinham que cobrar com a vida de meu pai?[23] Aqui, a tortura aberrante claramente tem por objetivo enviar uma mensagem de terror aos que pensem ingressar na insurgência. Estas práticas genocidas são recorrentes.

Marinelly expressa a correlação entre o saqueio dos recursos e os massacres perpetrados pelo exército e a ferramenta paramilitar contra a população das zonas cobiçadas pelo grande capital. Aqui se refere ao massacre do Rio Nare: “O Capitão

Martínez com suas tropas ingressaram numas minas de ouro onde se encontravam os campesinos sacando o mineral; um dia antes, lançaram panfletos dizendo-lhes que desalojassem, e no outro dia entraram com motosserras e machados: amarraram os trabalhadores em cadeia… iam soltando-os de um em um, sem assassiná-los, lhes cortavam os braços, as pernas e depois de cada pessoa recolhiam só um braço, só uma perna, faziam um montão e atiravam-no ao rio e outros aos buracos das minas e outros os deixavam para que as aves os comessem”[IBID.]. Marinelly, de uma família campesina, viveu em carne própria as agressões do exército colombiano contra o campesinato; foi testemunha de múltiplos assassinatos de amigos e familiares, cujos corpos foram abandonados torturados e desmembrados:“parte da guerra suja e psicológica que implementam para assustar aos lutadores populares”. A presa política explica que as violações do Estado colombiano a impulsionaram para a insurgência, como sua: “única forma de preservar a vida, lutar por ela e reclamar nossos direitos”, e evitar “terminar massacrada, torturada ou inválida por ser exemplarizada como ficam muitos campesinos, ou terminar sendo deslocada e vivendo das esmolas nas cidades”[Ibid.].

A combinação do saqueio dos recursos e do Terror de Estado exercido contra os que se opõem ao saqueio explica a existência das insurgências colombianas como única saída que encontra uma população submetida ao despojo e à repressão mais

descarnada frente a suas reivindicações. Esta é uma compreensão indispensável para os que desejamos a paz em Colômbia. A paz significa justiça social, cessar da entrega do país em concessões a multinacionais, reforma agrária, soberania

alimentar, e cessar do Terror de Estado que hoje facilita a acumulação capitalista em detrimento das maiorias empobrecidas. Os problemas devem ser resolvidos a partir de suas causas, não a partir de suas conseqüências.

4. Denunciaremos os crimes resultado de uma planificação Estatal, ou vamos continuar promovendo a confusão?

Estes crimes de Estado enviam uma mensagem do terror contra a população: “Isto pode ocorrer com vocês ou com seus familiares, se persistem em sua reivindicação’.Há um claro intento de paralisar a ação reivindicativa das comunidades, e esse terror se exerce a partir do próprio Estado, num acionar que obedece a alguns interesses econômicos claros: é inaceitável, portanto, que se tente creditar os crimes “à violência” em abstrato, como reiteradamente o fazem osmass media com os crimes do Terrorismo de Estado. A mensagem é enviada pelos verdugos através de seus executantes paramilitares, e não é aceitável que os maquiadores midiáticos venham garantir a impunidade total aos que são os verdadeiros mandantes destes crimes: os que se servem do terror para subjugar a um povo e para garantir a acumulação de capital em poucas mãos, em detrimento do meio ambiente e das maiorias. O tentar, mediante o aparelho midiático, transformar os reiterados assassinatos políticos em “vítimas dos violentos” [assim, “os violentos”, em abstrato], busca diluir responsabilidades, busca ocultar a planificação de um Terror que de maneira sistemática é exercido a partir do próprio Estado contra a oposição política. Essa farsa midiática não cala nos setores mais conscientes do campo popular; no entanto, em parte da opinião pública, sim, faz efeito.

5. Ofensivacontraacompreensãodarealidade:EstratégiadaConfusão

A Estratégia da Confusão é implementada até a saciedade pelo aparelho midiático: por exemplo, o redigir notas sobre crimes em que se conhece perfeitamente que a autoria é paramilitar, porém põem “assassinado por grupos armados”: isto com a clara intenção de exculpar a ferramenta paramilitar que serve ao poder econômico e de buscar impingir à resistência popular parte dos crimes perpetrados pela estratégia paramilitar.

O léxico “grupos armados” ou “atores armados” é um léxico da confusão, dado que grupos armados são tanto os paramilitares, como o exército, como as insurgências; portanto, não há nada mais aberrante que conhecer que os vitimários são parte de uma Estratégia repressiva Estatal e paraestatal, articulada do poder multinacional, e optar por tecer o discurso da confusão. Esta midiatização é indignante, e constitui uma dupla vitimização das comunidades que denunciam aos responsáveis, e que no entanto vêem ignoradas suas vozes nas notas midiáticas, de maneira com que a ferramenta paramilitar-militar do terror não somente tenha cometido as atrocidades como também que os meios não assinalem sua responsabilidade, amparando-a assim da impunidade que a perpetua.

Parte da Estratégia da Confusão é o emprego da falsa dicotomia “grupos armados legais”versus“grupos armados ilegais”:sendo legais as forças repressivas do Estado, enquanto que na ilegalidade se acham tantos as forças repressivas paramilitares –que, no entanto, se articulam ao próprio Estado, recebendo logística, armamento e impunidade-, e as guerrilhas –estas últimas de natureza oposta ao paramilitarismo-. Esta perfídia midiática busca instaurar um campo conceitual que ignora a realidade do paramilitarismo como estratégia preconizada em manuais militares. Também busca instalar um campo conceitual que exclui o caráter político e social do conflito colombiano, ao tentar apresentar as insurgências num mesmo pacote com o paramilitarismo; tentando arrancar da guerrilha seu caráter político, inerente à sua própria gênese e composição, de ser uma expressão do campo popular colombiano que se levanta em protesto político contra o saqueio, protesto político que acontece devido à impossibilidade democrática instaurada desde o Estado mediante a sistemática repressão ao opositor político.

O paramilitarismo é uma ferramenta a serviço do Grande Capital que atua com a plena coordenação do exército colombiano; porém, os meios [de comunicação] trabalham para ocultar a vinculação desta ferramenta com os que a criam e empregam.Lamentavelmente este trabalho sistemático dos meios [de comunicação] consegue colonizar parte importante da população, deixando inclusive marcas residuais que surpreende encontrar nas mentes das próprias vítimas. O bombardeio midiático é uma ofensiva sem trégua contra a capacidade de compreensão da realidade e, portanto, contra a possibilidade de ação efetiva sobre a mesma.

Por isso é importante desmascarar essa planificada manipulação semântica elaborada pelos tanques de pensamento. Essa manipulação é também injetada no discurso das ONGs através do condicionamento que os financistas impõem, conseguindo paulatinamente que no campo popular se introduza uma semântica que obstaculiza a capacidade de compreensão da realidade. Há uma planificação do terror para facilitar a acumulação capitalista em mãos de multinacionais e do latifúndio; frente ao genocídio não cabe mais cair no apagamento das causas do drama colombiano, nem jogar à confusão, nem adotar o léxico imposto pelos tanques de pensamento da USAID.

Azalea Robles

Original em espanhol :

THINK TANK

Colombia: La planificación del Terror Estatal y la estrategia de confundir

 

NOTAS de “La planificación del Terror Estatal y la estrategia de confundir”

En caso de no figurar las notas completas en la presente publicación, consultarlas en www.azalearobles.blogspot.com
 
[1]Dentro de los presuntos responsables de las 295 agresiones contabilizadas por el SIADDHH en el primer trimestre del año, señalamos que los paramilitares aparecen con responsabilidad supuesta en 230 casos (78%), la Fuerza Pública en 13 casos (5%), las guerrillas en 1 caso (0.5%) y actores desconocidos en 51 casos (17%)”.  http://somosdefensores.org/index.php/en/publicaciones/informes-siaddhh/133-la-amenaza-fantasma-boletin-trimestral-siaddhh-enero-febrero-2015
[2] Deadly EnvironmentGlobal Witness
[3] Boletín Informativo No.18 de PBI Colombia, Noviembre de 2011
[4] Colombia junto con Siria, el país con más personas desplazadas forzadamente. CODHES: 6,3 millones de desplazados en Colombia
Peor que Sudán, Iraq o Afganistán (VIDEO): Colombia es el país con más desplazados y refugiados internos.  http://www.rebelion.org/noticia.php?id=129586&titular=colombia-es-el-pa%EDs-con-m%E1s-desplazados-y-refugiados-internos-
Informe Global 2014 sobre desplazados internos ACNUR:
[5] El 40% del territorio colombiano está pedido en concesión para proyectos mineros. De las 114 millones de hectáreas que tiene Colombia, cerca de 45 millones están solicitadas para este fin. http://www.rebelion.org/noticia.php?id=126725&titular=las-venas-abiertas-de-colombia-
[7]Exterminio físico de la Unión Patriótica: más de 5.000 personas asesinadas por las herramientas paramilitares y oficiales del Estado, el genocidio consta ante la CIDH. Plan “Baile Rojo”. Documental: http://www.youtube.com/watch?v=QVL54FcZq5E&feature=gv
[8] CUT: ”En Colombia se cometen el 60% de los asesinatos de sindicalistas que se presentan en todo el mundo, por una violencia histórica, estructural, sistemática y selectiva que se convirtió en pauta de comportamiento del Estado colombiano: un genocidio contra el movimiento sindical colombiano.”  http://www.rebelion.org/noticia.php?id=120921
2014 informe de la CUT ante la OIT: “Desde 1977 han sido asesinados 3052 sindicalistas, durante el actual gobierno 115 sindicalistas han sido asesinados. La violencia contra sindicalistas continuó siendo una característica de la actividad sindical en Colombia, sin que existan avances significativos en las investigaciones, condenas y capturas de los responsables. Frente al delito de homicidio existe un porcentaje de impunidad del 86,8%; el delito de amenaza, que constituye la violación más sufrida por los sindicalistas[7], tiene a su vez el más alto índice de impunidad con el 99,9%. Los delitos de desaparición forzada, desplazamiento forzado y secuestro, arrojan un porcentaje de impunidad del 99,6%, 99,5% y 90,6% respectivamente. En general, frente a delitos relacionados con graves violaciones a los derechos humanos tenemos que la impunidad en casos de sindicalistas es altísima, promediando el 96,7%.” http://cut.org.co/informe-de-cut-colombia-a-la-oit/

2015 Colombia: Continúa el exterminio de dirigentes populares. “En Colombia hay 20 millones de personas pobres, el 70% de los trabajadores activos están en la tercerización a través de contratos a término fijo, y un 60% de la población ocupada en la economía informal o del rebusque. Estas cifras contradicen las informaciones oficiales. Desde 1986, año de fundación de la Central Unitaria de Trabajadores (CUT), hasta el 2014, fueron asesinados más de 3.500 sindicalistas.”

 
La “contrainsurgencia laboral” en Colombia, Renán Vega Cantor, abril 2015 http://www.rebelion.org/noticia.php?id=197574

¡La violencia antisindical de Colombia persiste! Radiografía de la crisis humanitaria del sindicalismo. http://cut.org.co/la-violencia-antisindical-de-colombia-persiste-radiografia-de-la-crisis-humanitaria-del-sindicalismo/

“La Escuela Nacional Sindical (ENS) denunció en Washington el asesinato de 105 sindicalistas durante cuatro años, que coinciden con la aplicación del plan de acción laboral que Colombia suscribió en 2011 como complemento al Tratado de Libre Comercio (TLC) con Estados Unidos”.

La estrategia dual del presidente Santos:  http://www.rebelion.org/noticia.php?id=191804

Enero 2015 CUT y de Fensuagro intervinieron en Bruselas

 
Sindicalistas y defensores de DDHH sin protección: “Desde la fundación de la CUT, han sido asesinados en Colombia, más de 4000 sindicalistas y la impunidad alcanza cerca del 95%, sin contar con las amenazas, las torturas, los desplazados, los desterrados del movimiento sindical.”http://colectivodeabogados.org/noticias/noticias-nacionales/article/sindicalistas-y-defensores-de
 
Renan Vega Cantor, ¡Sindicalicidio! Un cuento de Terrorismo Laboral http://www.rebelion.org/docs/147552.pdf
Hoja de ruta de asesinatos, gobierno Santos: “1 activista asesinado cada 3 días, los hechos pesan más que las palabras” lista por Justice For Colombia: http://www.justiceforcolombia.org/downloads/killing-sheet-June-2011.pdf
Workers Uniting rechaza asesinatos a sindicalistas colombianos
[9] Mayo 2012: Por homicidios, torturas y otros atentados graves contra la libertad sindical, El Tribunal Mundial de Libertad Sindical condena al Estado colombiano http://www.parentesiscali.blogspot.com.es/2012/05/sentencia-condena-al-estado-por.html
“El TSM resuelve: Condenar al Estado de la República de Colombia por ser responsable de los hechos sistemáticos de violación del principio de Libertad Sindical, en calidad de autor directo, coautor, cómplice o encubridor de homicidios, lesiones, torturas, privaciones ilegítimas de la libertad, atentados, amenazas, despidos y represalias con motivo del ejercicio de la actividad sindical.”
Demanda contra el Estado colombiano:
TSM condena al Estado colombiano: La libertad sindical en Colombia, una farsa http://parentesiscali.blogspot.com.es/2012/05/informe-especial-tribunal-mundial.html
[10] El 23 de mayo 2011 el representante del Alto Comisionado de la ONU para los Derechos Humanos, Christian Salazar, informó que la ONU estima que más de 57.200 personas han sido desaparecidas en Colombia. Conferencia sobre desapariciones forzadas, en Bogotá.   http://www.senadoragloriainesramirez.org/index.php/tag/cifran-en-mas-de-57-mil-las-desapariciones-forzadas-en-colombia/
[11] Informe Fiscalía, enero 2011: 173.183 asesinatos; 1.597 masacres; 34.467 desapariciones forzadas, y al menos 74.990 desplazamientos forzados, cometidos entre junio 2005 y el 31 de diciembre 2010 por el paramilitarismo: http://www.fiscalia.gov.co/justiciapaz/Index.htm
[12] Estimación: en 20 años 250.000 personas desaparecidas; Piedad Córdoba, Madrid, mayo 2010 “Hay 250.000 desaparecidos en Colombia en los últimos años”http://www.rebelion.org/noticia.php?id=106344&titular=%22hay-250.000-desaparecidos-en-colombia-en-los-%FAltimos-a%F1os%22-
Más sobre DESAPARICIÓN FORZADA en Colombia:
Desaparición, crimen del Terrorismo de Estado en Colombia: http://justiciaypazcolombia.com/50-000-personas-desaparecidas-en
“Las organizaciones de familiares de detenidos desaparecidos exigen que el Estado responda por la vida y la libertad de los desaparecidos, o que se entreguen sus restos a la familia y opere la justicia. (…) El delegado en Colombia de la Oficina de la Alta Comisionada de las Naciones Unidas para los derechos humanos ha repetido que “La desaparición forzada es una de las violaciones de los derechos humanos más graves que existen, y Colombia, lamentablemente, sufre un récord alarmante en la comisión de este crimen”. Confirmando la alerta de Naciones Unidas, el Registro Único de Victimas presenta en su informe del 1 de abril de 2014 la escalofriante cifra de 122.155 victimas de desaparición forzada.”
 
El crimen de Estado de desaparición forzada de la “democracia” en Colombia ha rebasado las dramáticas cifras de la dictadura argentina: sólo en 3 años el Terrorismo de Estado ha desaparecido a 38.255 personas, informe Medicina Legal: http://www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/71765-NN/colombia-registra-mas-de-38-mil-personas-desaparecidas-en-tres-anos/
Tribunal Internacional de Opinión; “La DESAPARICION FORZADA UN CRIMEN DE ESTADO” Veredicto. Senado del Congreso de la República. Bogotá 24, 25 y 26 de Abril de 2008: http://www.dhcolombia.info/spip.php?article568
“Al mes de noviembre de 2010, las estadísticas oficiales del gobierno de Colombia registran más de 51.000 Desapariciones”,  señala un reporte de 2011 de la US Office on Colombiahttp://lawg.org/storage/documents/Colombia/RompiendoElSilencio.pdf
A noviembre de 2011, el Registro Nacional de Desaparecidos -órgano gubernamental- , reportaba un total de 50.891 casos (24% mujeres y 17% niñas y niños). Los medios han manipulado la información haciendo aparecer que sólo 16.907 casos son desapariciones forzadas, cuando esa cifra revela los casos para los cuáles ha habido información concerniente a los perpetradores, los demás casos permaneciendo en la insuficiencia investigativa. Instituto Nacional de Medicina Legal y Ciencias Forenses (INMLCF), noviembre 2011. El total del Registro Nacional de Desaparecidos, reporta 64.564 víctimas, de las cuales se restaron 11.215 personas aparecidas con vida y 2.458 personas aparecidas muertas.
La Unidad de Justicia y Paz de la Fiscalía General de la Nación reportó a mayo de 2011, un total de 32.000 casos de desapariciones forzadas cometidas por grupos paramilitares. Fundación Nidia Erika Bautista (FNEB), Situación de las Desapariciones Forzadas en Colombia: La desaparición forzada no es un crimen del pasado, Bogotá, mimeo, diciembre, 2011.
En Mayo 2012: Yaneth Bautista, de la Fundación Nidia Erika Bautista, ‘señaló que “en lo que va corrido del Gobierno Santos se han registrado oficialmente 500 desapariciones forzadas en Colombia, especialmente en Bogotá, Antioquia, Putumayo, Nariño y Valle del Cauca”’, según reporta Caracolhttp://www.caracol.com.co/noticias/judicial/familiares-de-los-desaparecidos-ya-no-necesitaran-dos-anos-para-adelantar-tramites-legales/20120525/nota/1694613.aspx
2014- Desaparecidos: el Estado el gran responsable
[13] Mayo 2012, informe ‘Desapariciones forzadas en Colombia’, Coordinación Colombia- Europa- Estados Unidos: “Presenta la situación actual de la desaparición forzada en Colombia, mostrando el continuo aumento de los casos en el país, así como la persistencia de los patrones de persecución política y control social que han motivado históricamente las desapariciones forzadas en el país. (…) En Colombia las desapariciones forzadas han sido usadas históricamente como un instrumento de persecución política y de control social basado en el terror, perpetrado por agentes del Estado y por grupos paramilitares que actúan con su tolerancia, omisión y aquiescencia y que se benefician de la impunidad en la que permanecen los crímenes. Las desapariciones se cometen con el doble objetivo de acallar una voz disidente y, al mismo tiempo, enviar un mensaje claro y aleccionador al resto de la población para que se abstenga de mantener cualquier tipo de actividad de oposición o de cuestionar el orden político existente.” Informe Observatorio de DDHH:  http://www.rebelion.org/docs/150986.pdf
Subregistro de la cantidad de personas desaparecidas en Colombia.Hay un esfuerzo para subvalorar y configurar impunidad para el crimen de Estado de la desaparición forzada: “El subregistro de casos de desaparición forzada, la impunidad que se consolida con diversos mecanismos legales y sociales y la presencia de los perpetradores en las comunidades donde viven los familiares de personas desaparecidas, consolidan un marco que mantiene el trauma psicosocial (…) muchos casos no se denuncian por múltiples razones, entre ellas, la mala administración de justicia, la ineficacia de los canales y mecanismos de denuncia, el ambiente generalizado de temor e intimidación que viven los familiares de las víctimas, sus abogados, los testigos de las desapariciones(…)”
El impedimento para conocer la amplitud del drama de la desaparición forzada en Colombia, tiene obvias causas. Además del temor de los familiares de denunciar a las fuerzas paramilitares o a la misma Fuerza Pública ante entidades estatales comprometidas con la estrategia del terror e impunidad, hay una inoperancia sistemática de la ‘justicia’ en estos casos, obstaculizando investigaciones y procesos, hay fallas repetidas en la recolección de datos, pruebas forenses, inhumaciones, testimonios. Se llenan de escombros las fosas comunes. Hay temor, desidia, negligencia y obstaculización. “Esas fallas se hicieron aún más evidentes en mayo de 2011, cuando el Ministro del Interior dio a conocer los resultados de un estudio realizado por el Instituto Nacional de Medicina Legal, la Registraduría Nacional del Estado Civil y ese Ministerio, con el fin de cruzar las huellas dactilares tomadas a cadáveres de personas no identificadas, con las huellas de los documentos de identidad del registro nacional del estado civil. Los resultados son tan impresionantes como tristes. En total, se procesaron 22.689 necrodactilias (huellas de cadáveres) y se lograron identificar 9.968 personas, que estarían actualmente inhumadas como personas sin nombre en cementerios de distintas regiones. De ese total, tan sólo 440 personas figuran en el Registro Nacional de Desaparecidos. Los resultados fueron remitidos al Instituto de Medicina Legal, que se encargó de hacer cotejos dactiloscópicos, depurar los listados y oficiar a las autoridades judiciales con el fin de ubicar expedientes y los lugares de inhumación de las personas identificadas (…)  en los registros de Medicina Legal sólo pudieron encontrarse 3.779 personas pues, en un número muy importante de casos, la información es confusa o inexistente, y hay fallas estructurales en la organización de los cementerios que impiden ubicar los restos de las personas enterradas sin nombre. En total, de las 9.968 personas identificadas mediante el cruce de huellas, sólo fue posible ubicar y entregar los restos de 49 personas enterradas en distintos cementerios del país.”
[14] Impunidad y Fuero militar impulsado por Santos: http://www.rebelion.org/docs/150986.pdf
“La ley 1448 de 10 de junio de 2011, conocida como ley de víctimas, excluyó expresamente de la definición de víctima a los “miembros de los grupos armados organizados al margen de la ley”. Eso significa que, por ejemplo, los miembros de las guerrillas (reales o supuestos) que hayan sido víctimas de desaparición forzada, no serían considerados como tales y sus familias estarían privadas de los derechos a la reparación y la verdad. (…) La ley 1453 de 2011, conocida como Ley de Seguridad Ciudadana, establece una serie de previsiones que debilitan los controles sobre la acción de la Fuerza Pública y que, en la práctica, podrían facilitar la comisión de desapariciones forzadas.(…)
El Gobierno colombiano se rehúsa a reconocer su responsabilidad en las graves violaciones de derechos humanos que se cometen diariamente en el país. Al contrario, mantiene una posición de injerencia indebida en las decisiones judiciales, particularmente cuando afectan la responsabilidad de altos mandos militares o de altos funcionarios gubernamentales.(…)
Preocupan las iniciativas legislativas del Gobierno que pretenden sustraer de la justicia a los más altos responsables de las violaciones de derechos humanos en el país, de un lado, mediante la persistente propuesta gubernamental de reforma a la justicia penal militar y, de otro lado, mediante el llamado Marco Jurídico para la Paz. (…). Los fuertes cuestionamientos realizados desde distintas instancias internacionales en relación con la propuesta[de Fuero Militar] , motivaron que el Gobierno decidiera retirarla a cambio de una nueva. La actual es aún peor pues, ya no sólo reforma el fuero militar sino todo el sistema de justicia penal militar: crea una defensoría técnica militar adscrita al Ministerio de Defensa, incluyendo un fuero carcelario y la ampliación del fuero militar para instalar un fuero policial”.
[15] La mayor fosa común de Latinoamérica, ubicada detrás del batallón militar de la fuerza estrella del Plan Colombia , la Fuerza Omega, en la Macarena, departamento del Meta. http://www.publico.es/internacional/288773/aparece/colombia/fosa/comun/cadaveres
Los Medios ocultan la mayor fosa común de América, mientras el Estado colombiano busca alterarla: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=100898
“Denuncian el hallazgo de al menos 1.505 cuerpos más en fosas comunes en Colombia, en el Meta, en la misma región que la mayor fosa común del continente, con 2.000 cadáveres hallada en diciembre 2009, y cuyos cadáveres son cuerpos de desaparecidos y asesinados por el ejército, como quedó evidenciado en las Audiencias públicas a testigos y familiares de desaparecidos” http://www.rebelion.org/noticia.php?id=119299
[16] A raíz de la visita de la Misión Yarbourough del ejército estadounidense (febrero/62) y de las directrices que dejó consignadas, el Estado colombiano adoptó una estrategia contrainsurgente paramilitar, ya desde antes de que surgieran las guerrillas (1964-65).Tal doctrina estratégica puede estudiarse en los Manuales de Contrainsurgencia que forman parte de la Biblioteca del Ejército y por tanto de los textos de estudio y entrenamiento militar desde 1962. Tomando como fuente 6 manuales (1962, 1963, 1969, 1979, 1982, 1987) se puede rastrear la concepción que hay allí de la población civil y su papel en la guerra, se la define por dos miradas: 1) debe ser vinculada a la guerra (paramilitarismo); 2) debe ser el blanco principal de la guerra contrainsurgente (guerra contra los movimientos sociales o posiciones inconformes con el statu quo).
Cronología, hechos reveladores del Paramilitarismo como política de Estado, J. Giraldo: http://www.javiergiraldo.org/spip.php?article75
El verdadero origen del paramilitarismo en Colombia: http://www.dhcolombia.info/spip.php?article529
Brig. Gen. William P. Yarborough, “U.S. Special Warfare Center,” in U.S. Department of the Army, Office of the Chief of Information, Special Warfare U.S. Army: An Army Specialty (Washington, D.C., 1963), p. 61. A Psychological Operations Course covering all aspects of psychological warfare was also offered at Fort Bragg, in consonance with the center’s Psychological Warfare origins. .Headquarters, U.S. Army Special Warfare School, Subject: Visit to Colombia by a Team from Special Warfare Center, Fort Bragg, North Carolina, 26 February 1962. Kennedy Library, Box 319, National Security Files, Special Group; Fort Bragg Team; Visit to Colombia; 3/62. Also Carroilton Press, Declassified Documents Reference Series (1976:154D), and McClintock, The American Connection, vol. 1, State Terror and Popular Resistance in El Salvador, pp. 23-24. 26. “Secret Supplement, Colombian Survey Report.”
Injerencia de los Estados Unidos, contrainsurgencia y terrorismo de estado: La dimensión internacional del conflicto social y armado en Colombia. Renán Vega Cantor02-2015.
[17] Mercenario israelí que entrenó a paramilitares confirma la participación del Ejército. Yahir Klein: “El hacendado que se convirtió en presidente pagó por mis servicios” http://www.rebelion.org/noticia.php?id=159161
Yair Klein: el instructor de la muerte  http://elturbion.com/?p=1690
[18] La niña Alida Teresa, hija de preso político, violada y asesinada por paramilitares, crimen en impunidad, 2012. http://www.rebelion.org/noticias/2012/3/145927.pdf
Marzo 2012, Ordenan Libertad a Jefe Paramilitar señalado de desaparición forzada, tortura y homicidio de la niña Alida Teresa  http://derechodelpueblo.blogspot.com.es/2012_02_26_archive.html
[19] Asesinado por ser “hijo de comunista”. Asesinato de Carlos Julián Vélez Rodríguez, Diputado UP; su esposa, su hijo, y su hermano, en el Meta. http://www.cidh.org/countryrep/colombia93sp/cap.7a.htm
Asesinato del niño Luis Carlos Vélez Garzón http://sandinovive.info/?page=ver_articulo&id=702
Plan de exterminio de la UP “Baile Rojo”. Documental: http://www.youtube.com/watch?v=QVL54FcZq5E&feature=gv
[20] Masacre de Mapiripán: los paramilitares fueron trasladados en aviones Antonov y DC3 del ejército. Confesó el General Uzcátegui: “¿sabe qué hizo la Brigada militar Móvil2? Colocó un colchón de aire o de seguridad para que salieran los paramilitares(…) El ejército no sólo tiene vínculos con los paramilitares, no sólo no los combatió , sino que combatió a las FARC para que no golpearan a los paramilitares” http://vimeo.com/5114407
Negacionismo del estado y criminalización contra el CAJAR http://www.rebelion.org/noticia.php?id=138593
VIDEO: Juez, testigo de la masacre militar y paramilitar de Mapiripán, dice que el Estado oculta la verdad. El día de la masacre sobrevoló: “Un avión espía no de la Fuerza Aérea Colombiana, era de Estados Unidos”
[21] Operación militar ‘Génesis’: masacre y ‘juego de fútbol’ perpetrado entre militares y paramilitares con la cabeza de Marino López
Tras 14 años de impunidad, La Comisión Interamericana de Derechos Humanos lleva a la Corte el caso de la Operación Génesis http://www.rebelion.org/noticia.php?id=133265
[22] Los habitantes denunciaron a la Brigada XVII. Las denuncias siempre fueron rechazadas por el gobierno. Sólo diez años después fueron exhumados científicamente los restos de Marino López por la Fiscalía. Cuatro paramilitares y Freddy Rendón, alias “el Alemán”, han confirmado la horrorosa muerte del líder chocoano y la complicidad del general Rito Alejo del Río. “Se trató de una operación conjunta” relataron ante el Fiscal de Justicia y Paz.http://www.derechos.org/nizkor/colombia/doc/paz/alejo1.html
[23] Marinelly Hernández, presa política y de guerra se declara en Ruptura con el Estado colombiano, ante un juez de Quibdó: http://www.traspasalosmuros.net/node/359

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